A Europa e Portugal iniciou o processo de transição de uma sociedade linear para uma sociedade circular e eficiente em termos de recursos. A nível de I&D, o alinhamento da investigação com as políticas europeias passa, de forma inevitável, pelo incremento das atividades de investigação aplicada e prestação de serviços maioritariamente ligados à indústria, onde se evidenciam carências significativas que limitam fortemente o desenvolvimento de tecnologias próprias e mais apropriadas, para a gestão dos resíduos gerados, com evidentes prejuízos no desempenho e competitividade global. Ao selecionar metodologias para o tratamento de resíduos, os tomadores de decisão deparam-se com várias questões, como o uso eficiente dos recursos e, para isso, é necessário um sistema de gestão de resíduos eficiente que inclui a sua redução, reutilização e reciclagem. É necessário que este processo ocorra de forma economicamente viável, sem aumentar os impactos ambientais e com as emissões de carbono em linha de fundo. Um outro conceito importante é o da eco-inovação. Este conceito pode ser entendido como o desenvolvimento de soluções inovadoras que respondam a desafios ambientais específicos. O foco na inovação é particularmente relevante no contexto das empresas, permitindo convergir aqueles que são os objetivos de competitividade com os objetivos de melhorar o desempenho ambiental dos produtos e serviços prestados. Neste particular destaca-se a importância na utilização de resíduos poliméricos, resíduos da construção e demolição, resíduos de extração, etc., para a constituição de novos ecoprodutos. O desenvolvimento destes novos materiais/ecoprodutos permitirá reduzir o consumo de matérias-primas e descarbonizar a indústria nacional.